O post de hoje é sobre avaliação cardiológica para prática esportiva em crianças! Ficou alguma dúvida? Nos escreva nos comentários 😉
É recomendada a todos que praticam exercícios físicos.
Importante reconhecer a resposta hemodinâmica dos exercícios físicos.
Aumenta débito cardíaco, aumenta pré carga e pressão arterial tanto pulmonar como sistêmica.
Exercícios aeróbicos: Sobrecarga de volume. Crítico em: disfunções ventriculares, muitas
vezes desencadeando arritmias e congestão pulmonar.
Exercícios estáticos, isométricos ou de força: Sobrecarga de pressão. Crítico em: hipertensão arterial, valvopatias, ectasia aórtica ou pulmonar.
Baixo ou alto componente estático: porcentagem de contração voluntária máxima (<20% MVC baixo; 20-50% moderado; >50% alto)
Baixo ou alto componente dinâmico: % VC2 máxima (<40%: baixo; 40-70% moderado; >70% alto)
Risco de contato e colisão: importante para pacientes que fazem uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários
MORTE SÚBITA
A maioria das vítimas no esporte é portadora e cardiopatia ainda não diagnosticada
Causas:
(Arritmias em indivíduos com doenças arritmogênicas como: cardiomiopatia hipertrófica, displasia
arritmogênica do ventrículo direito, canalopatias, cardiopatias estruturais e/ou decorrentes do uso de drogas e medicações)
Isquemia em pacientes com obstrução na via de saída do ventrículo esquerdo, hipertrofia ventricular, anomalias estruturais ou alterações coronarianas quanto à origem ou trajeto.
1. Histórico médico:
-Queixa de dor ou desconforto relacionado ao exercício;
- Síncope ou pré síncope sem causa aparente;
-Falta de ar, palpitações ou fadiga exagerada quando
comparado a outras crianças;
-Histórico de sopro cardíaco;
-Histórico de hipertensão arterial;
-Histórico de restrição anterior a prática de esportes;
-Histórico de indicação a avaliação de cardiologista
previamente.
2. Histórico familiar:
-Morte súbita e precoce (<50 anos) em familiares;
-Doença cardíaca incapacitante em parente direto (<50
anos):
-História familiar de: cardiomiopatia hipertrófica, síndrome
de Marfan ou arritmias.
3.Exame físico:
-Medida de pressão arterial;
-Ausculta cardíaca;
-Palpação de pulsos (4 membros) e verificação de simetria;
-Reconhecimento de sinais físicos da síndrome de Marfan.
Outros elementos importantes:
Obesidade, asma, uso de medicações (incluindo
suplementos alimentares), uso de drogas e bebidas
alcoólicas, uso de esteroides e anabolizantes.
4. Exames complementares:
ECG12 derivações (recomendação da escola europeia - diagnostica síndromes do QT longo, Brugadam WPW e outras, além da cardiomiopatia hipertrófica, que também apresenta alterações no ECG em 90-95% dos casos).
Diante de achados positivos na anamnese, exame físico ou ECG, IMPÕE-SE a necessidade de uma avaliação cardiológica especializada e realização de outros exames complementares antes da liberação para prática esportiva.
Intensivao Preparatório para a prova de título de cardiologia pediátrica Wavesmed
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Fonte: Livro Cardiologia Pediátrica - Jatene - Manole
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